Nas sombras de um acampamento imerso em rituais, Toby ergue o olhar, já consumido pelos seus sinais. O fogo dança nas chamas do seu novo destino, A alma do garoto, agora entrelaçada no divino.
Em uma noite cerúlea, os murmúrios ecoam na bruma, O Deus Coelho, invisível, sua presença sussurra e se aproxima. O jovem se ajoelha, o sangue em sua alma a vibrar, Enquanto a lua, cúmplice, o segredo da noite vem selar.
Apenas o silêncio ouve seu juramento sutil, Um pacto sombrio, eternamente vil. Ele promete servir, alimentar com sua vida, Ao Deus Coelho, cujo poder é sua força e sua ferida.
O passado se desvanece, como névoa ao amanhecer, O pai, o antigo mundo, tudo começava a esquecer. Em seu coração, o desejo de um novo caminho, Renascer das cinzas, em um espaço sombrio e divino.
O campamento se agita com murmúrios de adoração, Toby, agora um arauto, seu destino é a escuridão. Com os olhos cheios de sonhos e promessas negras, Ele caminha para o abismo, sem retorno, sem entregas.
O buraco sagrado, o altar do eterno, Para servir, Toby se entrega ao inferno. A presença de sua mãe, um consolo fugaz, Enquanto a verdade é selada, com uma eternidade tenaz.
No calar da noite, os segredos se entrelaçam, Em uma sinfonia de sombras, os anjos se desfazem. O Deus Coelho observa, imortal e profundo, E Toby, agora seu servo, abraça seu novo mundo.